O fluxo de um rio é inspiração para inúmeras metáforas cotidianas, como o transcorrer do tempo, a inquietude da água ou a trajetória da vida. Foi fluxo do rio Tietê, que orientou a concepção da exposição “Quase Líquido”, com curadoria de Cauê Alves. Com sua consistência gelatinosa e mau cheiro, o rio apresenta, no trecho que compreende a capital paulista, indefinição quanto a seu estado: um estágio de quase liquidez. Ao estabelecer paralelo entre a contemporaneidade e a consistência do rio, trata do mundo atual, em que as coisas cada vez mais perdem consistência e estabilidade e se tornam quase voláteis.
O espaço expositivo se divide entre a sede do Itaú Cultural e as margens do rio, onde está instalada a obra Pets, do artista Eduardo Srur, composta de 20 infláveis monumentais, dispostos nos canteiros entre as pontes do Limão e da Casa Verde.
A mostra nos traz ao momento atual caracterizado pela “modernidade líquida”, sem pensarmos que foi exatamente ali, naquele cenário, que esportistas usufruíam da travessia a nado ou a remo em momentos de lazer; a contemporaneidade fez com que sua morte fosse decretada. Um ponto negativo a se destacar na exposição, é a proibição de filmagens, fotos e qualquer registro do ambiente.
OBS.: As imagens foram coletadas através do site da exposição .
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”O líquido se comporta de um modo bastante particular: não mantém forma estática e definida, mas está sempre pronto a se modificar.Ele pode se acomodar no espaço e se adequar a qualquer recipiente, ganhando sempre forma provisória. O líquido pressupõe a inconstância, mobilidade e a fluidez.”
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